Wednesday, January 04, 2012

O DJ em nós!

Findas as celebrações do advento cai-se na soez realidade do ano da repressão em trio. Mas o seu início foi, de facto, pródigo em ócio como se prevíssemos já o arresto de um ano inteiro de diversão. Sabemos que o nosso humor está inversamente indexado às variações do IVA, ou será directamente?

O fim de ano foi o melhor de que me consigo lembrar e deixa-me com a certeza de que nunca comecei outro, novinho em folha, tão bem disposto.

Há, no entanto, mais conclusões a tirar. Degladiei-me com o meu caro GBA pelo pódio do "Dijeiísmo" e perdi... Difícil e desleal lutar contra o Teló que derrete as divorciadas nas festas de Natal das consultoras com as repetições insistentes do seu refrão que quase nos pega. Ou contra o Veloso, que juntou o Sul a louvar o Norte quando as vozes se testaram em coro e os deslizes de tom se desculparam com as borbulhas malditas do espumante que, encomendado de onde não podia deixar de vir (Dão, claro! e não Champagne como fazem os vulgares) aconchegou e aqueceu a multidão.

Não facilitou o trabalho ao fotógrafo de serviço, Alves Passarinho, que de perseverança bebe tanto como de gin e enquadrou, contra todas as probabilidades e opiniões, de forma brilhante, as pessoas com a mobília e os elementos que são da casa e não devem ser desvalorizados. A este dom latente, o nosso apaixonado dos assobios chamou de capacidade de fotografar os espaços vazios com sentimento ou o sentimento dos próprios espaços, não me recordo agora bem. Lamento o lapso de memória, AP.

Foi bom e foi graças a dois amigos de longa data, fiéis e teimosos como a Lassie, mas mais bonitos e menos peludos, que lá nos encontrámos. Souberam, sem surpresa, receber de uma maneira que envergonharia a 2ª Isabel da Commonwealth e fariam com que a boda do seu mais velho parecesse os casamentos de Sto António em que o gajo calvo da Troika é o convidado de honra.

Boa comida, boa bebida, boa música, boa fotografia e boa companhia...

Para repetir com a mesma qualidade no próximo ano, se resistirmos à crise e não jazermos com o Pingo Doce nos países que são baixos como os seus impostos.


1 comment:

Anonymous said...

ADOREEEEI!
Beijinho para todos e, em especial para o Xiquinho,
Inês