Foi diferente a queima este ano, bastante diferente mesmo. Começando a pescrutar essas diferenças pela ausência do meu habitual post pré-queima cabe-me baixar a cabeça e desamparar o cachaço para que seja nele pousada, sem amor nem complacência, uma bela salva de chapadinhas.

No que concerne ao evento académico propriamente dito, correu indelével, de sábado a quarta (quinta para outros bloggers), como não podia deixar de ser. Este ano, sem antes falhar a serenata, vi-me mais uma vez enjaulado naquele antro de destruição em cujas novidades eram o chão alcatroado (bendito redbull! se bem que houve quem não gostasse da alteração. dizem que o alcatrão doi mais na cara) e um número considerávelmente mais reduzido de barracas que nos permitia manar numa gincana de cores e som que se confundem.

A presença do nosso querido nómada amigo Daniel, errante por esse mundo, é um dos pontos altos desta queima das fitas. Cheio de vontade de, também ele, assinar a ouro o livro de honra do queimódromo, bebeu sôfrego o que podia antes que a curta viagem que liga Viseu ao Porto acabasse (aturou-o o Gonçalo ao volante). Escusado será descrever o que se seguiu. Mas não só o Daniel como também o Diogo decidiu fazer-nos companhia nestas noites agradáveis que passámos. Munido de um amigo com mais de dois metros que exibia orgulhosamente ("este gajo tem mais 20cm que tu caralho") apareceu, também ele, corajoso junto à "rotunda da anémona". Por todos os sentimentos que antagonizam estas emoções o Bernardo e o Alves da Silva também marcaram o acontecimento. Tivémos todos saudades...!

Fica por descrever um cortejo do Tiago Sacadura. Não dos finalistas, não das faculdades, não dos carros! Um cortejo do Tiago Sacadura! Num dia em que se mostrou tão triste comigo que sacrificou o telemóvel para explicitar essas angústias. Por sorte e por muito pouco a sacrificada não era uma idosa anónima que assistia impávida e serena a outro cortejo que decorreu no Porto, por coincidência, também nesse dia.

Com curtas palavras para descrever muito mais me despeço,

Francisco Pimentel